Um dos maiores pesadelos das gestantes são as estrias. Dado o valor alto dos hidratantes específicos para gestantes, muitas futuras mamães acabam optando por usar produtos com maior poder de hidratação (aqueles para peles secas/extra secas), ou óleos como o de amêndoas ou semente de uva; há também aquelas que intercalam o uso desses produtos com os hidratantes para grávidas. A verdade é que pra tentar passar longe das estrias vale até simpatia, né não? Só não vale usar produtos com substâncias proibidas ou sob suspeitas durante a gestação, que podem prejudicar o desenvolvimento do bebê e causar intoxicação. Por isso resolvi escrever uma série de posts para alertar sobre determinadas substâncias e mostrar opções baratas e seguras.
Abaixo seguem os ativos que devem ser evitados (lembrando que alguns ainda não tem estudos conclusivos). No próximo post eu vou falar de produtos comuns que podem ou não ser usados.
Ureia: Um dos hidrantes mais comuns em cosméticos, não deve ser usado por gestantes porque penetra nas camadas mais profundas da pele e pode atravessar a placenta, podendo causar danos ao feto. Recentemente, a Anvisa proibiu os produtos com mais de 10% de uréia, e restringiu o uso de produtos que contenham mais de 3% em gestantes.
Parabenos: Encontrados em cremes, shampoos, condicionadores, hidratantes e na maioria dos cosméticos, os conservantes parabenos apresentam propriedades estrogênicas, ou seja, comportam-se como se fossem o estrogênio, um hormônio feminino. Podem ser identificados em formulação do cosméticos e desodorantes com diversas nomenclaturas: Parabenos, Methylparaben, Ethylparaben, Propylparaben e Butylparaben.
Formol: Alguns tipos de conservantes produzem e liberam formol na pele. Além da conhecida toxicidade do formol, estudo realizado no Deptº de Dermatologia da Universidade de Debrecen, na Hungria, publicado no Experimental Dermatology, (maio de 2004), revelou que o formol pode contribuir para o aparecimento de câncer, induzido pela radiação solar ultravioleta do sol. O consumidor pode ser proteger observando cuidadosamente os rótulos das embalagens, procurando pelas seguintes nomenclaturas: quaternium-15, diazolidinil hora, imidazolinil ureia e DMDEM hidantoina.
Propilenoglicol: Pode desencadear alergias e irritações. Ele é um diluente, muito usado em cosméticos. Para saber se o cosmético contém essa substância na composição, verifique a palavra propylene glycol no rótulo da embalagem.
Corantes e essências artificiais: Podem causar alergias as pessoas mais sensíveis. Já existe cosmético sem corantes e sem essências, ou perfumados com extratos de óleos essenciais. Busque no rotulo a palavra hipoalérgico, que tem risco menor de causar irritações.
Benzofenomas e derivados de canfora: Encontradas nos filtros solares, têm a capacidade de imitar o hormônio feminino estrogênio. O uso contínuo pode causar desequilíbrios hormonais e aumentar o risco de doenças, como o câncer. Evite produtos com benzophenone e 3 (4-Methyl-benzylidene).
Óleo Mineral e Outros Derivados do Petróleo: Os derivados do petróleo, como por exemplo, os óleos minerais, estão presentes na maioria dos produtos cosméticos, devido sua propriedade emoliente, ou seja, hidratante para a pele. Entretanto, estudos recentes vêm associando esses componentes ao aumento da mortalidade por diversos tipos de câncer, como o de pulmão, esôfago, estômago, linfoma e leucemia. Isso se deve devido à presença de um composto chamado 1,4-dioxano, uma substância cancerígena, como relata estudos publicados nos periódicos "American Journal of Industrial Medicine" e "Regulatory Toxicology and Pharmacology". Para identificar a presença desses componentes em seu produto cosmético, basta procurar no rótulo as palavras paraffin oil, mineral oil. Lembrando que vaselina também é derivado do petróleo e, portanto, deve ser evitado.
Ftalatos: Eles entram em esmaltes, perfumes, xampus e maquiagens como aditivos, plastificantes (inclusive em mamadeiras e chupetas!) ou agentes amaciadores. Mas é bom ficar alerta: estudo realizado em 2009 em múltiplos institutos e publicado no Environmental Health Perspectives em fevereiro de 2009 verificou que a exposição aos ftalatos está associada à ocorrência de hipospádia, uma das anormalidades urogenitais mais comuns em bebês do sexo masculino. "Outra pesquisa, comandada em 2009 pelo Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Fudan, na China, provou ligação entre a exposição fetal aos ftalatos, durante a gestação, e o baixo peso no nascimento", destaca Maurício Pupo. Não há controle, por parte da Anvisa, em relação ao emprego do ativo. "Nos frascos, não dá para identificá-lo, pois os ftalatos são moléculas contaminantes de determinadas matérias-primas", diz Maurício Pupo.
OBSERVAÇÃO: Para elaborar essa lista, usei como fonte os seguintes links (alguns estão em inglês):
- http://mulher.uol.com.br/beleza/noticias/redacao/2013/02/03/beleza-perigosa-saiba-identificar-ativos-potencialmente-toxicos-nos-cosmeticos.htm
- http://www.organicmakeup.ca/ca/PetroleumCosmetics.asp
- http://belezabv.blogspot.com.br/2015/03/ativos-proibidos-na-gravidez.html
- http://www.imebi.com.br/hormonio.php
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